Percanterio
Neto Fagundes
Lá na bailanta das percantas a chinalhada gaviona
Cadelhudas, redomonas, andam alçadas na sala
No tilintar das chilenas a noite fica pequena
E a gaita por gosto fala. E a gaita por gosto fala
E dá-lhe canha que é a sanha dessas loucas
Uma noite é coisa pouca, é coisa pouca
Não sente quem bota o freio
O golpe feito na boca
E não tem nada, não tem nada
Vamo até de madrugada de cola atada
Gineteando campo a fora só chora
Quem vem de baixo da espora
Atrás de caras pintadas andam olheiras comuns
O riso de cada um pelo preço de ocasião
Patronas que eram ventenas
Hoje sujeitam-se às penas de viver de mão-em-mão
De viver de mão-em-mão
Na prosa da cafetina ficam carreiras atadas
Chinas já redemoniadas quietas de rédeas no chão
As queixas de porco gaxo no riso da oito baixo
Vão arrastando a ilusão. Vão arrastando a ilusão
E quando a dona ressaca
Vem no mormaço do dia
Já se mandaram a lá cria
Os que aqui pediram vaga
Pelo descaso do apreço
Pagam de dia o preço
Que de noite ninguém paga
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Neto Fagundes e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: