Afinal, Porque Será
César Lindemeyer
Afinal, porque será, que nessa noite costeira
A lua bisbilhoteira, me espia por trás dos cerros, por baixo da cerração
Afinal, porque será, me fez lembrar de você, se arrecem, saí de casa
E essa saudade sem asas, pega fogo e vira brasa, dentro do, meu coração
Na mochila eu trago canha, e mil canários na voz
Um pouco de cada um, não muito de todos nós
Sou o olho da água que nasce pra um dia morrer na foz
Esta noite em me emborracho, de estrelas lua e sereno
Leva a certeza que chego no louro destes dois remos
Solta o barco rio abaixo e em cada curva te vejo
Me espera de manhã cedo com mate pronto e um beijo
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