Infinito

A Jornada Pessoal em 'Infinito' da Fresno

A música 'Infinito' da banda Fresno, composta por Lucas Silveira, traz uma reflexão introspectiva sobre a busca por renovação e a superação de um passado marcante. No início da letra, o eu lírico expressa uma certa aversão a lembranças, simbolizadas pelos quadros que não possui em casa, indicando o desejo de se desvencilhar de memórias dolorosas.

A segunda estrofe da canção revela a insatisfação com a realidade atual e a dúvida sobre o valor de persistir, dada a discrepância entre expectativas e a vida como ela é. No entanto, a ideia de pintar um 'horizonte infinito' e seguir suas próprias crenças sugere um anseio por liberdade e autenticidade, buscando um lugar que seja genuinamente seu, onde possa encontrar novas experiências, seja um novo amor ou uma nova dor.

A metáfora do voo para onde 'o ar é rarefeito' e a visão de si mesmo como pequeno diante da vastidão do universo, remete à humildade e à necessidade de mudança de perspectiva. A repetição do verso 'Tudo pode estar lá' reforça a esperança de possibilidades inexploradas, enquanto o contraste final 'E eu aqui' sublinha a distância entre o desejo e a realidade atual, evidenciando a tensão entre o anseio por mudança e a inércia do presente.