Cantiga de Beira D’água
Tatá Sympa
Alecrim, flor de beira d'água
Coração, ribeirim de mágoa
Violão, violim, viola
Passarim que à noite me consola
Pito a paia do meu cigarro
Debaixo da casa do João de barro
Lembro da noite alumiada
Quando ela sumiu no pó da estrada
Moreninha do cabelo em cacho
Moça dos zóio rasgado
Quando pisava os pé d'endo riacho
Era garça no banhado
Meu ranchinho virou tapera
Meu roçado me dá pena
Já não fico mais à espera
Da florada da açucena
Foi-se embora primavera
Nos cabelos da morena
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