Pra Roque Preto
Theodoro Nagô
Na soleira da sala de estar
Invadindo o quintal e o porão
Da elegância e leveza de seu caminhar
A alegria do canto ao se banhar
Saudade, carinho, respeito, e admiração
Vontade, de voltar no tempo e pedir um conselho, uma opinião
É preto velho, joga sempre enfiado
Entre os dois zagueiros, é oportunista e nunca amarela
Ponta de lança, faz de bico chapela
O goleiro dá um totózinho ou bate de trivela
Foi equilibrista, entre as quatro linhas brincou
Pensou ser artista, tocar tamborim, puxador
Me ensinou a viver, com sabedoria e devoção
Podes crer preto velho no jogo da vida você mete a 10 e é meu capitão
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